quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Analise do filme: Doze Homens e uma Sentença por Carolina F. S. Rezende

Doze Homens e uma Sentença:



O filme relata a reunião de 12 jurados responsáveis por decidir o futuro de um jovem de 18 anos, acusado da morte de seu próprio pai.

Inicialmente, 11 dos 12 jurados são a favor da condenação do réu. O arquiteto Davis, 8º jurado, é o único disposto a discutir sobre o caso antes da votação, pondo em análise cada uma das provas apresentadas pela promotoria, cada detalhe dos depoimentos prestados pelas testemunhas, cada objeto, fato ou circunstâncias ligados à cena do crime, ao ambiente, detalhes particulares e mínimos. Durante seu empenho em convencer os demais jurados, são reveladas as características, as atividades, frustrações e motivações, enfim, a história de cada um deles, mostrando o que os levou a acreditar que o jovem fosse culpado, mostrando suas opiniões banhadas em preconceitos.

Com condições sociais e idades diferenciadas, os jurados apresentam características de suas personalidades, como seres únicos, sejam dotados de timidez, humildade ou intelectualidade, recrutados para decidir a vida ou a morte do jovem réu.

Os jurados se permitiram passar a exercitar a sua capacidade de enxergar por detrás do que antes eles próprios haviam analisado. Buscando-se provar que o réu era culpado, chegou-se à certeza de sua inocência, utilizando-se os mesmos instrumentos e recursos, partindo da compreensão até se chegar ao fato.
 A lógica, o preconceito e a emoção dominam constantemente a sala onde estão presentes os jurados, com o núcleo se situando sempre na questão relacionada com a responsabilidade inseparável à possível condenação de um jovem à morte e não na preocupação de esclarecer um crime.

A história não se preocupa em mostrar qual foi o desfecho do caso, mas sim se uma pessoa deve ser julgada apenas com base em evidências e suposições por seus semelhantes. Revela a fragilidade e, ao mesmo tempo, uma grande complexidade em torno do trabalho em grupo composto de pessoas comuns – a questão da condição comportamental humana, enquanto exteriorização, respeitando padrões éticos impostos socialmente.



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