quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

As muitas faces da psicologia - Criação final.- Por: Camila Sodré Costa



Nome: Camila Sodré Costa
Email: mila_sodre@hotmail.com


As muitas faces da psicologia (3)

·        Metodologia
Tomando como partida que tudo se renova nada se cria, nada permanece como é para sempre. O processo da criação final irá transmitir essas ideias no âmbito da psicologia. Começará com um tópico bem definido, que engloba todos os temas. Irá ser abordado a vida humana e seus desafios em geral.
Irão também ser usados os benefícios da espontaneidade e da criatividade para ligar e redigir os temas, pois tais estimularão na direção de novas respostas para as situações já conhecidas, estimularão a adaptações, transformações de temas já escritos e estudados antes. Enquanto se partilham ideias, novas surgirão por associação e insights, geram assuntos tanto a nível individual como ao nível dos grupos, expressando a cristalização dos temas trabalhados em sala.
Depois de todos os sub temas serem reunidos, apresenta-se a conclusão do trabalho. Expressando assim durante todo o texto as conservas culturais adquiridas durante o semestre na aula.

·        Criação final
Baseando-se nas leis da dialética fica claro a perceber e entender que tudo se renova, tudo influencia a tudo, tudo se transforma e tudo volta a ser o que era antes, nada permanece imutável sempre estará sujeito ao “novo”.
Um bom exemplo para entender as nuance da psicologia e sua permanente dinâmica de transformação é o nascimento, crescimento, e morte de um indivíduo. Tudo começa com a Matriz de Identidade, o lugar do nascimento. A placenta estabelece a comunicação entre a criança e o sistema social da mãe, incluindo aos poucos os que dela são mais próximos. É o local onde a criança se insere desde o nascimento, relacionando-se com objetos e pessoas dentro de um determinado clima. E ali a criança fica sendo formada geralmente durante nove meses, esse tempo as vezes varia de acordo as necessidades da gestante e do seu filho.
Após a gestação, ao nascer uma criança ainda não tem nenhuma conserva natural, não faz parte ainda de nenhum grupo social, ainda não tem nada concreto no âmbito consciente, mas seu inconsciente está formado desde a barriga de sua mãe.
Um tempo depois, com alguns meses de idades essa criança já sabe que aquele pai e que aquela mãe são seus, já conhece a voz dos mesmos, que determinado brinquedo o pertence, que chorando chama a atenção para ele, tudo isso deve ser atribuído ao desenvolvimento do consciente, apesar dela não ter a musculatura bucal forte o suficiente para desenvolver as palavras, ela já aprendeu a linguagem dos gestos e já percebeu o que lhe pertence ou não e o quanto é bom ter tudo só para ela.
A partir daí surge o complexo de Édipo, desejo da criança, especialmente o menino, eliminar o pai para ter a mãe e sua atenção só para ele. Um caso especial são os homossexuais, eles desenvolvem o complexo de Édipo alterado, ele sente uma atração pelo pai e tem repulsão a sua mãe. O complexo começa a se desenvolver nessa fase, mas vai se manifestar alguns anos depois, na fase da adolescência ou adulta.
É também quando bebe que começa a desenvolver os gostos, caráter, pode-se observar como o indivíduo se comporta e ter uma noção de como se comportará diante da sociedade.
O indivíduo cresce mais um pouco e passa de bebê para criança, esta é a fase onde se quer tudo para si, onde o mundo tem que girar em torno do “eu”, as crianças são induzidas a observar para aprender a pensar, a descobrir o novo, e não decorar os pensamentos já pré-definidos por outras pessoas. Tudo isso de maneira honesta e produtiva para que se possa manter uma ordem social no momento atual e em um momento futuro, pois a educação dada a uma criança influencia no comportamento quando adulto da mesma.
Crianças apresentam uma espontaneidade e criatividade todos esses conceitos de maneira muito forte e em grande proporção. Conte-las muitas vezes é quase impossível devido a enorme presença desses.
Ainda quando criança começa a se formar as conservas naturais, pode ser considerada a matriz cultural, científica, tecnológica, artística, linguística, onde ocorre a cristalização de uma ação criadora em um produto que fará parte do acervo cultural do indivíduo.
Os vínculos Compensatórios também começam a se desenvolver na infância, pois agora não mais faz parte somente do grupo família, aparece o grupo de amigos, sala de aula, professores, muitas outras pessoas passaram a fazer parte da rotina da criança.
Com o início da vida letiva vem a aprendizagem, a qual aguça a percepção que tende a boa forma. Cada passo de determinada coisa ensinado a uma criança, esta leva consigo para o resto de sua vida, esta é a fase que o cérebro está mais apto a guardar informações, assim facilitando a aprendizagem.
Ao passar mais um tempo chega a adolescência, onde aparece um pensamento behaviorista, designado de comportamentalismo. O comportamento geralmente é definido por meio dos grupos que este jovem frequenta ou admira, tudo tem que ser como o grupo faz, e como o grupo quer, tudo gira em tordo do comportamento.
Essa é a fase em que qualquer detalhe fora do programado é passar vergonha, é vergonhoso frequentar certos lugares com os pais, é vergonhoso tudo que ameace a imagem de independência desse individuo. Começa os desentendimentos mais sérios com os pais e professores, como dizem por aí: “É a fase da ‘aborrecencia’ e dos ‘aborrecentes’”.
Para exemplificar essa situação pode ser usado o filme “O clube dos cinco”. O filme retrata cinco adolescentes que, por castigo, tem que passar um sábado inteiro na escola e compor uma redação de mil palavras sobre “quem eles são”. Porém esses adolescentes são de grupos e personalidades diferentes, tem o aluno rebelde, a patricinha, a esquisita, o atleta e o CDF. 
O castigo fez com que eles repensassem nas suas atitudes, angustias, medos, frustrações e na causa de sua rebeldia. No início cada um se isolou, um exemplo de resistência, depois eles foram percebendo que seu era o mesmo do outro, transferência por assemelhar seu problema ao do colega.
No decorrer da história as barreiras são quebradas. Eles percebem que apesar de serem tão diferentes, também tem muito em comum, todos estão ali pelo mesmo motivo. Quando eles se sentam e começam a falar dos seus problemas com os pais, as pressões da vida do adolescente e os problemas que os levaram a cumprir o castigo no naquele sábado forma-se o clube, ocorrendo assim uma projeção dos seus próprios pensamentos, motivações, desejos e sentimentos indesejáveis aos colegas.
O clube parece agregar os cinco, como se todos os problemas fossem um só, pelos motivos serem parecidos e haver a transferência e a projeção, quebrando a resistência que gerava as barreiras.
Como deu para perceber também no filme, eles agem de acordo com o grupo de amigos, a maneira de se vestir, de agir, de viver, tudo é pré-determinado por esse grupo.
Também na adolescência começam os namoros, vem a atenção flutuante, deixam funcionar o mais livremente possível a sua própria atividade inconsciente, obsessão por tecnologias de ponta (sinônimo de poder para eles nessa idade), a adolescência é uma das faces mais complicadas psicologicamente por ser uma fase de transição entre a fase infantil e adulta.
Um bom exemplo dessa fase é representado pelo filme “Vida de solteiro”. O filme basicamente mostra o dia a dia dos jovens, o foco principal do filme são os relacionamentos, e as situações complicadas trazidas por esses. O filme retrata bem os dilemas sofridos pelos personagens quando se encontram diante de situações complicadas e devem tomar decisões que mudará suas vidas. É possível  observar que o filme aborda casos diferentes unindo no final a um objetivo comum. Observam-se pessoas diferentes e  solteiras em busca de alguém que possa conviver com elas. Ao decorrer do filme relacionamentos são iniciados e finalizados, mas por fim, todos os casais acabam juntos dando uma resolução do problema. Com a Gestalt pode-se observar certa semelhança em analisar as partes e depois o conjunto, como aborda o filme analisando cada casal e seus conflitos e por fim todos.
Com o corpo em desenvolvimento, é nessa fase que mais acontece os assédios sexuais. Para melhor desenvolvimento do assunto, vamos imaginar e relatar uma história que o indivíduo tenha sofrido um assédio sexual na adolescência.
O adolescente estava dormindo em seu quarto, quando ele vê a luz ligar, por ele está dormindo seu inconsciente envia uma mensagem para o consciente por meio de um sonho, ele sonha que está sendo ameaçado por outra pessoa mais velha que ele. Quando consegue sair do estado inconsciente e acordar, percebe que tem um homem na beira de sua cama, com uma faca na mão, esse homem sobe na cama e tenta assediá-lo, mas esse indivíduo fecha o olho e começa a pedir a uma força divina que o salve dessa situação indesejável, o que podemos associar ao maniqueísmo. E assim, após essa conexão com o divino seu pai aparece e o homem sai correndo e pula a janela antes de iniciar o ato.
Após tal acontecimento esse individuo desenvolve um medo e angustia dentro de si, sente um vazio, e para preencher esse vazio que sentia começou a querer sair para todo que é lugar, beber, namorar com varias pessoas, enfim... Fazer tudo que lhe trouxesse uma felicidade naquele momento, mesmo que passageira. E entre uma saída e outra, esse individuo começa a namorar.
Todas as vezes que estava namorando acontecia o processo de associação livre inconscientemente, todos os desejos, temores, conflitos, pensamentos e lembranças daquele momento, que estivam além do conhecimento consciente refletia naquele momento.  
Quando sozinho toda lembrança do momento, aquele medo, aquela angústia voltava, as farras só lhe trazia uma felicidade passageira,  a vontade de mudar o passado e a tristeza de não poder era presente em seu interior.
Então esse indivíduo retorna ao pensamento maniqueísta e decide viver para Deus esquecer as festas e farras, colocar Deus a cima de tudo e esquecer o que passou. Começou a ler os ensinamentos e as parábolas de Jesus, histórias em que seus elementos evocam realidades de ordem superior, isto é, simples histórias que através de comparações trazem ensinamentos profundos e assim alcançou a felicidade passada por Ele.
Passando-se mais alguns anos, o tempo de escola termina, e com ele acaba as regalias do tempo de criança-adolescente. Hora de fazer faculdade, hora de sair de casa, hora de deixar a barra da saia da mãe e mão do pai para desenvolver certas atividades sozinho.
O jovem passa em uma universidade longe da cidade que sua família mora, então ele teve que se mudar e ir morar sozinho.
A faculdade começa e trás com ela novas dificuldades, novas pessoas, novas vivencias, novas oportunidades, abre um novo mundo de surpresas boas e ruins, fáceis e difíceis.
Ao passar dos dias esse individuo ainda jovem e longe da família se sente só, sem amigos e ainda com barreiras para vencer sozinho sem a ajuda do grupo que o ajudou durante toda a vida... A libido é uma das grandes propulsoras para o jovem continuar tentando e lutando pelo seu objetivo.
Então, com a libido em alta esse jovem continua lutando, tentando conciliar saudade com os estudos, família com namorado, distancia com intimidade, tempo com deveres, prazeres, e estágio.
Após determinado período, chega à formatura da faculdade, curso concluído, com a profissão determinada, vem a felicidade carregada de expectativas para o futuro, para um emprego dos sonhos, para um vida independente, uma vida construída e sustentada por si mesmo.
E logo começa o trabalho, trabalhar para se sustentar.
No trabalho, em uma empresa, em uma organização não mais é aceito os atos falhos como tanta frequência como antes. O ambiente de trabalho exige novos comportamentos, mais atenção, mais responsabilidades. É um novo grupo que se forma e exige do individuo uma nova conduta para se adequar aquele ambiente.
Com a fase adula bem definida, logo vem a necessidade de formar uma família, de ter alguém para cuidar e de ser cuidado. E chega a vez de não mais namorar, agora noivar casar e ter filhos...
Ao encontrar um parceiro, os indivíduos faz uma Co-inconsciente e a Tele. Com esses dois conceitos fica claro perceber que cada indivíduo casa com pessoas que tem desejos e sonhos comuns aos seus.
Quando chegam os filhos, acontece de primeira uma Projeção. Durante a criação dos filhos, os pais projetam sobre eles seus próprios pensamentos, motivações, desejos, sentimentos indesejáveis, suas próprias vontades, projetam sobre os filhos o que são, o que querem ser e o que precisão mudar. O que se pode associar também a empatia e transferência.
Na fase adulta muitas coisas estão no inconsciente da infância, adolescência ou juventude, como mostra o filme “A máfia do Divã”.
O filme conta a história de um chefe da máfia que procura tratamento psicológico por problemas do passado mal resolvidos. As ideias são baseadas nos estudos da psicanálise. Com o decorrer das sessões, até mesmo com a resistência que o paciente apresentava por medo da notícia se espalhar, pois ele era líder da máfia de New York, o analista descobre que o paciente tem complexo de Édipo (em que o filho se apaixona pela mãe desde a infância e sente ciúmes do pai), se sentindo culpado pela morte do pai, por ter deixado de avisa-lo que estava prestes a ser assassinado, por estar com raiva dele no momento.
O paciente exerce uma transferência sob o analista, onde foram transferidos os laços afetivos do pai e da mãe para o analista. Depois de esclarecido as origens do problema o paciente “se perdoa” psicologicamente.
Se fosse associar a psicanalise ao individuo ao qual se conta-se a história desde o inicio do trabalho, poderia ser lembrado o caso do assédio sexual, na fase adulta tem grande probabilidade dele perceber resquícios psicológicos mal resolvidos do caso e querer fazer sessões de terapia psicanalítica. E após as sessões com o processo de dramatização, o indivíduo conseguiria lhe dar com esse acontecimento fatal.
Outro filme que também é relevante citar é “Freud Além da alma”, o filme começa mostrando Freud numa resistência em tratar de uma paciente com neurose de histeria, em um hospital, cujo diretor era Meynert. Ele dizia acreditar que histeria era uma mentira, e que acontecia somente para fugir das responsabilidades.
Ansioso em obter respostas para acabar com o sofrimento de seus pacientes decidiu ir para Paris, estudar a doutrina de Charcot. Em uma de suas aulas, Charcot demonstrou que a histeria não era fruto de bruxaria, mas sim que era de origem psíquica. Ao regressar a Viena, Freud casou-se com Martha. Em uma de suas palestras, na Sociedade Médica de Viena, mostrou que, através de conhecimentos anteriores, e de seus aprendizados com Charcot em Paris, havia pensamentos de níveis inconscientes, que havia traumas vindos de fatos ocorridos na infância, e que era preciso ainda descobrir seus elos.
Não teve sucesso, pois Meynert alegou que o que Freud havia dito não tinha nada de novo. Assim, Meyner foi aplaudido pela assembléia.
Continuando seus estudos, chegou a conclusão que realmente após a hipnose os sintomas permaneciam. Continuou a usá-la mesmo assim, tentando fazer com que as lembranças continuassem, após o momento do transe.
As sessões analíticas baseadas na livre associação tornou-se uma regra indispensável e unida à interpretação dos sonhos serviu de ferramenta para que Freud lançasse os princípios centrais da psicanálise. A descoberta do inconsciente e de sua importância psíquica constituiu o fundamento da psicanálise.
Em um de seus diálogos com Breuer, descobriram um erro na teoria de Charcot: a mente não se dividia. Apenas tirava o trauma da consciência, deixava as lembranças inconscientes e as emoções são descarregadas fisicamente.
Durante um sonho, descobriu seu complexo de Édipo e assim passou a fazer sua auto-análise, pois Breur não o aceitou como paciente.   A conselho deste, foi ao hospital e foi surpreendido hipnotizando um paciente, contrariando a posição de Meynert, o que causou sua demissão.
Freud elaborou a "Teoria das neuroses", mas Breuer não concorda que uma teoria parta de um só experimento, o de si próprio. Freud diz que essa teoria foi baseada com todos os casos já tratados e que todos os traumas estão ligados à sexualidade.
A paciente de Breuer, já tida como curada e que, segundo ele, não tinha nenhum problema causado pela sexualidade, volta a ter um surto, apresentando sintomas de trabalho de parto, sendo que não estava grávida. Breuer passa a cliente para Freud, alegando paixão dela por ele, e que não poderia deixar que isso interferisse em seu casamento.
O pai de Freud falece e Freud não consegue entrar no cemitério, desmaia, tem um sonho amedrontador e diz para Breuer que os sonhos têm sentido para aqueles que sonham, mas são ícones do inconsciente misturados com fatos do consciente, e de difícil interpretação. Descobre que havia algum erro de seu pai escondido nas profundezas da sua mente que ele não conseguia alcançar. Ao contrário das outras pessoas, Freud procurava abrir os olhos e enxergar o mal que seu pai lhe fizera.
Decidiu voltar ao cemitério com Breuer, novamente sente os mesmos sintomas. Pensa em alguma ligação, tenta desvendar o que estava encoberto com relação a seu pai, e vem a sua mente que as neuroses podem surgir desde a infância.
Freud continua tratando da paciente Cecily, que fora antes de Breuer. Abolindo o método hipnótico por opção da própria paciente, Freud a leva a muitas lembranças através da livre associação, em estado plenamente consciente. Cecily fala de seus sonhos e fatos da sua vida, e Freud desvendando, certifica-se que pode chegar ao inconsciente mesmo com o paciente em estado consciente.
Então, volta a pensar em sua infância para tentar fazer uma ligação ao que causou o surto em frente ao cemitério. Tem um sonho onde vê a figura da sua mãe que o deixou sozinho para ir dormir com seu pai. Sentiu ciúmes porque queria a mãe ali e não com o pai, assim veio a culpa por achar que desonrou seu pai.
Quando pensa em desistir, sua esposa pega uma de suas agendas e lê: "O progresso é como andar, consegue-se perdendo e ganhando equilíbrio. É uma série de erros... De erro em erro acaba-se descobrindo a verdade".
Freud lembra que havia escrito uma vez: "...o falso é às vezes a verdade de cabeça para baixo". Descobre que no universo da fantasia pode estar a realidade. Quando a jovem dizia que o pai a molestou, na verdade ela queria possuir seu próprio pai. Uma fantasia transportada para a fase adulta, que não sendo trabalhada, tornou-se um recalque.
Freud muda sua teoria, chegando a conclusão que a criança também tem seus instintos sexuais desde quando nasce, suprindo suas necessidades alimentares com o leite materno e satisfação de sua sexualidade em sugar o seio da "mãe". Sua mãe ou quem cumpre essa função, é seu primeiro objeto de desejo.
Conversando com Breuer, que acha difícil convencer os outros médicos, a idéia de que a teoria seria invertida, a sexualidade adulta tornar-se sexualidade infantil. Este, o tomando como filho, proíbe Freud de publicar aquele capítulo da sexualidade infantil. Freud resiste dizendo: "chega uma hora que se deve renunciar a todos os pais e ficar de pé sozinho".
Em palestra no "Conselho de Neurologia e Psiquiatria de Viena", Freud começa frisando como na "Idade da Inocência" a criança não tem consciência sexual, porém começa falar sobre a fase oral.
Os médicos começam a se retirar aos poucos, mas Freud continua a falar dos desejos da criança, da concorrência entre os pais, cita Édipo e que cada ser humano tem esse desafio, de se confrontar com o seu complexo e de superá-lo. Se conseguir superar se torna um ser humano completo, se não se tornará um neurótico.
Quando um dos médicos do conselho levanta-se e pergunta ao Dr. Breuer se ele concorda com Dr Freud, Breuer defende o amigo, dizendo que Freud é um dos melhores, no meio médico para esses assuntos, mas que jamais poderia concordar com a teoria da "Sexualidade Infantil".
Já no final, Freud caminha lentamente, consegue ultrapassar o muro do cemitério, chegando até a lápide de seu pai.
A psicanálise revelou o inconsciente do indivíduo e como ela o iluminou... Sigmund Freud revelou outra parte da nossa mente - O funcionamento em segredo - que pode até mesmo controlar nossas vidas. O que explica o fato do indivíduo associar o momento do assédio aos momentos dele de namoro e a outros momentos de sua vida.
Após tantas vivencias, alegrias, tristezas, decepções e satisfações, chaga a melhor idade, a fase da velhice.
Fase a qual o indivíduo só quer descansar, e curtir a vida de maneira mais calma.
Com os mecanismos de defesa e resistência aguçados pelas vivencias da vida, nessa fase o individuo já não se envolve com qualquer coisa, é mais fechado para o novo e presenta certa cristalização devido à conserva cultural adquirida durante a vida.
Chega a hora da morte, hora que o corpo para de funcionar, o corpo é enterrado ou cremado e retorna ao pó. Assim como dito no início do texto: “tudo se renova, tudo influencia a tudo, tudo se transforma e tudo volta a ser o que era antes.”.
E assim é a vida, feita de surpresas já acontecidas anteriormente.

·        Aplicabilidade
Após as conservas culturais adquiridas durante todo esse semestre pode ficar claro a importância da psicologia muitas áreas de minha vida. De início ficou fácil perceber meus medos e dramas pessoais, e também achar a raiz e soluções dos mesmos. Pude aprender também a ser mais desenvolta em grupos, diminuindo minha timidez.
Fica de fácil percepção também da interdisciplinaridade com as outras matérias do curso, pois para aprender conceitos contábeis, legislativos, judiciários, matemáticos, e sociais, é importante entender o princípio das coisas, entender as situações, buscar soluções eficientes e psicológicas para cada caso e só depois atribuir ao todo.
Falando especificamente deste trabalho, a criação final, pude perceber que aprendemos durante toda a vida a usar os métodos científicos, que quando necessitamos de usar nossa criatividade surgem barreiras que nos impede de deixar a imaginação fluir. Após esta nova experiência, aprendi a usar minha criatividade e espontaneidade também em trabalhos sérios e importantes.
Voltando-me para âmbitos futuros, pude concluir que com os conceitos psicológicos debatidos e aprendidos em sala tenho base o suficiente para saber como lhe dar em organizações, como empresas, escritórios e lhe dar também com as pessoas destes lugares incluindo clientes e chefes.

SODRÉ. Camila, As muitas faces da psicologia (3), Camaçari, UNEB, 2012.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Metodologia da Criação Final por Carolina F. S. Rezende

Baseando-me em todos os conceitos discutidos em sala de aula até hoje como brainstorming, gesltat, behaviorismo dentre outros podendo transmitir ao professor todo o meu entendimento do conteúdo apresentado e discutido em sala de aula até o presente momento.

O trabalho começa com uma definição do que é a Psicologia e suas ramificações, suas formas de estudo e no discorrer da obra de forma consistente ligando os demais assuntos discutidos em sala.

Usando dos conceitos de criatividade e espontaneidade consegui expor de um ponto de vista diferente as situações já conhecidas de nosso dia a dia que envolve o conteúdo aplicado demonstrando todo a conserva cultural desenvolvida durante o semestre neste trabalho.

Com todos os temas discorridos, organizados e ligados, posso concluir o trabalho expressando todo o conhecimento adquirido nas aulas de Psicologia Organizacional do Professor Carlos Icó na UNEB - Campus XIX - Camaçari.




Analise do filme Clube do Imperador por Carolina F. S. Rezende

Clube do Imperador:

Dirigido por Michael Hoffman, Clube do Imperador (2002) é um drama que conta a historia de um professor de uma escola para rapazes, o St. Benedict’s.

O professor William Hundert é muito comprometido com a formação de seus alunos com ênfase na formação do caráter dos mesmos e é um amante da cultura greco romana, lecionando aulas dessa historia.

Com a chegada de Sedgewick Bell – rapaz que mantem um relacionamento complicado com seu pai que é um Senador sem escrúpulos – na escola, Hundert vê que pode ser ameaçado pela arrogância e prepotência que vem junto do aluno e dessa forma começa a pensar em como ajudar a melhorar seu caráter.
Nessa missão o professor cria o Clube dos Cinco para passar ao garoto seus conceitos, apesar de alguns sucessos o caráter de Bell não muda e dessa forma Hundert entra em conflito que vai se tornando cada vez mais profundo quando ele percebe que mesmo os outros professores possuem desvios de caráter.

O filme mostra que a escola educa porem não ensina, a personalidade vem de casa, dos exemplos que o ser humano tem no seu dia a dia , mostra também como somos imperfeitos e que a falta de caráter existe em qualquer lugar, é da natureza humana também.



Analise do filme: Doze Homens e uma Sentença por Carolina F. S. Rezende

Doze Homens e uma Sentença:



O filme relata a reunião de 12 jurados responsáveis por decidir o futuro de um jovem de 18 anos, acusado da morte de seu próprio pai.

Inicialmente, 11 dos 12 jurados são a favor da condenação do réu. O arquiteto Davis, 8º jurado, é o único disposto a discutir sobre o caso antes da votação, pondo em análise cada uma das provas apresentadas pela promotoria, cada detalhe dos depoimentos prestados pelas testemunhas, cada objeto, fato ou circunstâncias ligados à cena do crime, ao ambiente, detalhes particulares e mínimos. Durante seu empenho em convencer os demais jurados, são reveladas as características, as atividades, frustrações e motivações, enfim, a história de cada um deles, mostrando o que os levou a acreditar que o jovem fosse culpado, mostrando suas opiniões banhadas em preconceitos.

Com condições sociais e idades diferenciadas, os jurados apresentam características de suas personalidades, como seres únicos, sejam dotados de timidez, humildade ou intelectualidade, recrutados para decidir a vida ou a morte do jovem réu.

Os jurados se permitiram passar a exercitar a sua capacidade de enxergar por detrás do que antes eles próprios haviam analisado. Buscando-se provar que o réu era culpado, chegou-se à certeza de sua inocência, utilizando-se os mesmos instrumentos e recursos, partindo da compreensão até se chegar ao fato.
 A lógica, o preconceito e a emoção dominam constantemente a sala onde estão presentes os jurados, com o núcleo se situando sempre na questão relacionada com a responsabilidade inseparável à possível condenação de um jovem à morte e não na preocupação de esclarecer um crime.

A história não se preocupa em mostrar qual foi o desfecho do caso, mas sim se uma pessoa deve ser julgada apenas com base em evidências e suposições por seus semelhantes. Revela a fragilidade e, ao mesmo tempo, uma grande complexidade em torno do trabalho em grupo composto de pessoas comuns – a questão da condição comportamental humana, enquanto exteriorização, respeitando padrões éticos impostos socialmente.



Analise do filme: O Clube dos Cinco por Carolina F. S. Rezende

O Clube dos Cinco:

Escrito e dirigido por John Hughes, o Clube dos Cinco (1985) é um drama que mostra o dia de cinco adolescentes que cometeram delitos e passam o dia de sábado detidos no colégio com a obrigação de escrever um texto com mais de mil palavras sobre o que eles acham de si mesmos. dessa forma dividem seus dramas pessoais e se conhecem melhor.

Aparentemente eles não possuem nada em comum, veem de classes sociais completamente diferentes mas se conhecem de vista do colégio.

O supervisor deixa os alunos em uma sala para escreverem o texto e Bender que tem uma relação muito conturbada com o mesmo começa a quebrar todas as regras, assediando moral e sexualmente seus colegas de turma.
No decorrer do tempo eles vão interagindo ente si e revelando seus segredos, descobrindo pontos em comum em suas vidas como o mal relacionamento com os pais e o desejo de não se tornarem adultos como eles.

Ao escrever a carta obrigatória da detenção, Brian foge do tema pedido e escreve uma carta motivacional que vira o centro da historia e que é nomeada de “The Breakfast Club”



Analise do filme: Máfia no Divã por Carolina F. S. Rezende

Máfia no Divã:



Estrelado por Robert De Niro e Billy Cristal, Máfia no Divã conta a história de  um gangster americano que começa a ter ataques de pânico por causa de seu passado.

Baseado nas teorias da psicanálise, o terapeuta conclui que o seu paciente tem complexo de Édipo, aonde se culpa pela morte do pai, remorso e raiva do mesmo.

Paul transmite para seu analista os seus laços afetivos e Ben tenta a todo custo não ser seu analista, foge de seu paciente que quer ser tratado porem morre de medo que descubram, pois ele é o chefe da máfia de Nova Iorque. Paul também determina que seu analista o cure em duas semana, ameaçando-o caso não faça, forçando-o a atende-lo até durante seu casamento, afinal de contas seu paciente não recebe bem um não.
Paralelo a esse tratamento, como Paul é mafioso, ele tem o FBI na sua cola então o mesmo começa a pressionar Ben para que ele se torne informante sobre os atos de seu paciente, deixando Ben sem saber o que fazer.

O filme mostra como a psicanalise pode ajudar um paciente mesmo nas condições de Paul de uma forma muito leve e engraçada.


Brainstorming por Carolina F. S. Rezende

Brainstorming:

Técnica de dinâmica de grupo que serve para explorar a capacidade criativa de um individuo ou um grupo colocando-os para executar objetivos pré-determinados.

Desenvolvida por Alex Osborn nos Estados Unidos,  é utilizada principalmente nas áreas de relações humanas e publicidade e propaganda.

Sua técnica sugere que um grupo de pessoas se reúna e debata seus pensamentos para chegarem a um resultado comum a fim de gerar ideias inovadoras que levem o projeto em questão adiante.

O ideal é envolver pessoas de diversas áreas nesse método, pois suas experiências colaboram com as ideias em formação ao longo do processo de discussão e sugestão. Aqui as ideias não são julgadas como absurdas, todas são ouvidas e trazidas para o processo chamado de brainwriting, que é a compilação de todas as ideias sugeridas no debate em uma reunião com alguns membros para que assim tudo refinado e se chegue a ideia final.

O brainstorming clássico é baseado em dois princípios e quatro regras básicas:



  • Princípios

                - Atraso do julgamento
·               - Criatividade em quantidade e qualidade

A maioria das más ideias são inicialmente boas ideias. Atrasando ou adiando o julgamento, é dada a hipótese de se gerarem muitas ideias antes de se decidir por uma.

De acordo com Osborn, o humano é capaz tanto do julgamento como da criatividade. Embora, a maioria da educação nos ensine apenas a usar o julgamento. Nós apressamos o julgamento. Quando praticamos o atraso do julgamento, permitimo-nos usar a nossa mente criativa para gerar ideias sem as julgar. Primeiro, não parece natural, mas depois tem as suas recompensas.

Quando geramos ideias, é necessário ignorar as considerações à importância da ideia, à sua usabilidade, à sua praticabilidade. Neste patamar, todas as ideias são iguais. É necessário atrasar o julgamento enquanto ainda não se terminou a geração das ideias.

O segundo princípio é relativo à quantidade e qualidade da criatividade. Quanto mais ideias forem geradas, será mais provável encontrar uma boa ideia. A técnica debrainstorming tira vantagem de associações que se desenvolvem quando se consideram muitas ideias. Uma ideia pode levar a uma outra. Ideias más podem levar a boas ideias.

Por vezes, não conseguimos pensar num problema enquanto não houver algumas respostas. Brainstorming dá-nos a hipótese de pôr as ideias que passam pela cabeça no papel, de maneira a conseguir obter as melhores delas.

Usualmente, as linhas de guia que se seguem são chamadas de regras. Devem ser seguidas como regras, embora sejam apenas linhas de guia ou de direcção.


  • Regras

As quatro principais regras do brainstorming são:

              -Críticas são rejeitadas: Esta é provavelmente a regra mais importante. A não ser que a avaliação seja evitada, o princípio do julgamento não pode operar. A falha do grupo ao cumprir esta regra é a razão mais crítica para que a sessão de brainstorming não resulte. Esta regra é aquela que primariamente diferencia um brainstormingclássico dos métodos de conferência tradicionais.

           -Criatividade é bem-vinda: Esta regra é utilizada para encorajar os participantes a sugerir qualquer ideia que lhe venha à mente, sem preconceitos e sem medo que isso o vá avaliar imediatamente. As ideias mais desejáveis são aquelas que inicialmente parecem ser sem domínio e muito longe do que poderá ser uma solução. É necessário deixar as inibições para trás enquanto se geram ideias. Quando se segue esta regra, cria-se automaticamente um clima de brainstorming apropriado. Isso aumenta também o número de ideias geradas.

          -Quantidade é necessária: Quanto mais ideias forem geradas, mais hipóteses há de encontrar uma boa ideia. Quantidade gera qualidade.

       -Combinação e aperfeiçoamento são necessários: O objetivo desta regra é encorajar a geração de ideias adicionais para a construção e reconstrução sobre as ideias dos outros.

Cultura Organizacional por Carolina F. S. Rezende


Cultura Organizacional:

Segundo Kissil (1998), para que a organização possa sobreviver e se desenvolver, para que existam revitalização e inovação, deve-se mudar a cultura organizacional. Esse conceito responde plenamente esta questão, onde o Autor sugere que a revitalização e a inovação são fatores importantes para as empresas, e de certo modo só se consegue isso mudando a cultura da organização.

A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhados por todos os membros da organização. Ela refere-se ao sistema de significados compartilhados por todos os membros e que distingue uma organização das demais. Constitui o modo institucionalizado de pensar e agir que existe em uma organização. A essência da cultura de uma empresa é expressa pela maneira como ela faz seus negócios, a maneira como ela trata seus clientes e funcionários, o grau de autonomia ou liberdade que existe em suas unidades ou escritórios e o grau de lealdade expresso por seus funcionários com relação à empresa. A cultura organizacional representa as percepções dos dirigentes e funcionários da organização e reflete a mentalidade que predomina na organização. Por esta razão, ela condiciona a administração das pessoas.

A clareza de objetivos, valores e princípios, a imagem dos produtos e serviços, integração e comunicação,  abertura para novas ideias, o desempenho profissional e o aprendizado, são importantes ferramentas que ajudam na formação e/ou mudança da cultura organizacional e essa mudança começa de cima para baixo, da diretoria para o chão de fabrica. Com isso, concluímos que somente com a integralização de toda a organização é possível fazer com que a cultura da mesma seja forte pois é ela que faz com que algumas empresas sejam conhecidas e reconhecidas.


A cultura exprime a identidade da organização. Ela é construída ao longo do tempo e passa a impregnar todas as práticas, impregnar todas as práticas, constituindo um complexo de representações mentais e um sistema coerente de significados que une todos os membros em torno dos mesmos objetivos e dos mesmos modos de agir. Ela serve de elo entre  o presente e o passado e contribui para a permanência e a coesão da organização. Em outras palavras, a cultura organizacional representa as normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros de uma organização no dia-a-dia e que direcionam suas ações para o alcance dos objetivos organizacionais. No fundo, é a cultura que define a missão e provoca o nascimento e o estabelecimento dos objetivos da organização.  A cultura precisa ser alinhada juntamente com outros aspectos das decisões e ações da organização como planejamento, organização, direção e controle para que se possa melhor conhecer a organização. 

Toda cultura se apresenta em três diferentes níveis: artefatos, valores compartilhados e pressuposições básicas.

  • Artefatos: Constituem o primeiro nível da cultura, o mais superficial, visível e perceptível. Artefatos são as coisas concretas que cada um vê, ouve e sente quando se depara com uma organização. Incluem os produtos, serviços, e os padrões, de comportamento dos membros de uma organização. Quando se percorre os escritórios de uma organização, pode-se notar como as pessoas se vestem, como elas falam, sobre o que conversam, como se comportam, o que são importantes e relevantes para elas. Os artefatos são todas ou eventos que podem nos indicar visual ou auditivamente como é a cultura da organização. Os símbolos, as histórias, os heróis, os lemas, as cerimônias anuais são exemplos de artefatos.


  • Valores compartilhados: Constituem o segundo nível da cultura. São os valores relevantes que se tornam importantes para as pessoas e que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. Funcionam como justificativas aceitas por todos os membros. Em muitas culturas organizacionais os valores são criados originalmente pelos fundadores da organização.


  • Pressuposições básicas: Constituem o nível mais íntimo, profundo e oculto da cultura organizacional. São as crenças inconscientes, percepções, sentimentos e pressuposições dominantes nos quais as pessoas acreditam. A cultura prescreve a maneira de fazer as coisas adotadas na organização, muitas vezes através de pressuposições não escritas e nem sequer faladas.


A cultura organizacional se caracteriza pela sua aceitação implícita pelos seus membros. Ela é também reforçada pelo próprio processo de seleção, que elimina as pessoas com características discrepantes com os padrões estabelecidos e ajuda a preservar a cultura. 

Tipos de cultura organizacional:

  • Culturas adaptativas: Caracterizam-se pela sua maleabilidade e flexibilidade e são voltadas para a inovação e a mudança. São organizações que adotam e fazem constantes revisões e atualizações, em suas culturas adaptativas se caracterizam pela criatividade, inovação e mudanças. De um lado, a necessidade de mudança e a adaptação para garantir a atualização e modernização, e de outro, a necessidade de estabilidade e permanência para garantir a identidade da organização. O Japão, por exemplo, é um país que convive com tradições milenares ao mesmo tempo em que cultua e incentiva a mudança e a inovação constantes.


  • Culturas conservadoras: Se caracterizam pela manutenção de idéias, valores, costumes e tradições que permanecem arraigados e que não mudam ao longo do tempo. São organizações conservadoras que se mantêm inalteradas como se nada tivesse mudado no mundo ao seu redor.


  • Culturas fortes: Seus valores são compartilhados intensamente pela maioria dos funcionários e influencia comportamentos e expectativas. Empresas como IBM, 3M, Merk, Sony, Honda, estão entre aquelas que ostentam culturas fortes.


  • Culturas fracas:  São culturas mais facilmente mudadas. Como exemplo, seria uma empresa pequena e jovem, como está no início, é mais fácil para a administração comunicar os novos valores, isto explica a dificuldade que as grandes corporações tem para mudar sua cultura.  


Espontaneidade e Criatividade x Conserva Cultural por Carolina F. S. Rezende


Espontaneidade e Criatividade:
  • Espontaneidade: s.f. Caráter daquilo que é espontâneo, naturalidade, facilidade.
  •  Criatividade: Criativo, misturador, ativo, trabalhador, esforçado, criatividade é a atitude de fazer algo sobre alguma coisa ou alguém que já existe..



Espontaneidade não é fazer qualquer coisa em qualquer momento, em qualquer lugar, de qualquer maneira, o que seria uma espontaneidade patológica.

Ser espontâneo é fazer o oportuno no momento necessário. É a resposta boa a uma situação geralmente nova, e por isso mesmo difícil. Deve ser uma resposta pessoal, integrada, e não uma repetição ou uma citação inerte, separada de sua origem e de seu contexto.

A espontaneidade opera no presente, nas situações vividas no aqui e agora, estimulando o indivíduo na direção de novas respostas a situações já conhecidas ou adequando suas respostas diante de situações inesperadas.

Quando falamos em espontaneidade logo surge, também, a criatividade. São categorias diferentes. Um indivíduo espontâneo, mas sem criatividade, será um idiota espontâneo. Assim, a espontaneidade sem a criatividade é vazia e abortiva.

A criatividade pode ser definida como toda a possibilidade de o sujeito se jogar todo em qualquer experiência sem se moldar ou sem temer o costumeiro ou convencional.

Ser criativo é deixar que a intuição ajude a inteligência a resolver problemas. A criatividade depende muito da coragem do indivíduo de dizer ou de fazer coisas além do senso comum.

Depende, enfim, de saber errar, de perder o medo de errar. Criatividade e espontaneidade andam juntas. Criatividade sem espontaneidade é como um criador sem braços, desarmado. Espontaneidade, sem criatividade, é pura tolice!

[Hamilton Bueno]

Conserva Cultural:

“A luta contra as conservas culturais é característica marcante de toda nossa cultura; expressa-se de várias formas na tentativa de escapar destas conservas. Este esforço de escapar do mundo-conserva parece tentativa de retornar ao paraíso perdido..” (Moreno, 1992, p. 149)

Às conservas culturais é atribuída, segundo Moreno, apenas a função de um produto acabado que adquiriu uma qualidade quase sagrada, entretanto a função criadora pode ser desabrochada lançando uma nova espontaneidade. A conserva cultural seve para preservar valores de uma determinada cultura , pode assumir a forma material, por exemplo, “o livro é o arquétipo de todas as conservas culturais.” (Moreno, p. 158). E pode apresentar-se também sob a forma de rituais , cerimônias, etc.

Freqüentemente agimos regidos por conservas culturais que nos moldam ao longo da vida. Quando estas são mantidas e repetidas  sem a devida consciência e crítica, corremos o risco de  nos tornar seres robotizados, programados e sem criatividade, reproduzindo comportamentos iguais a nossos pais e avós.
Nestes casos,  construímos  hábitos que vão se incrustando, como cimento e argamassa, tornando-nos rígidos como a pedra. De humanos, viramos seres petrificados com as articulações endurecidas e a quem a mudança assusta mais que a noite escura.


Psicodrama por Carolina F. S. Rezende


Psicodrama:



Método de investigação e tratamento de problemas psicológicos criado pelo medico romeno Jacob Levy Moreno no inicio do século XX.

Um dos objetivos do psicodrama é aprimorar e utilizar os meios que facilitem o predomínio das relações télicas sobre as relações de transferências.

“O psicodrama reúne em sua base teórica os elementos do teatro e da psiquiatria e tem como recurso de ação a dramatização” (Stela Fava).

Formulado para ser trabalhado em grupo, dentro de um enfoque terapêutico ou educacional, o psicodrama foi inicialmente dirigido a pacientes com comprometimento psiquiátrico ou emocional, que eram incentivados a representar peças com textos improvisados. Moreno acreditava que a dramatização era o método por excelência para se resgatar a espontaneidade e chegar ao autoconhecimento.

Para Moreno, o jogo dramático possibilita que o indivíduo entre em contato com seus conflitos, que antes permaneciam no inconsciente. Durante as sessões de psicodrama, os participantes são estimulados a expressar livremente as criações de seu mundo interno, seja na produção mental de uma fantasia concretizada em cena ou numa determinada atividade corporal.

A Dramatização é a etapa principal do processo psicodramático, durante a sessão que inicia com um aquecimento grupal. O diretor convida os participantes para protagonizarem uma situação conflituosa e intervém com técnicas especificas para aprofundar a dimensão das relações e vínculos no aqui e agora propiciando a criação de respostas criativas.
  
O psicodrama se divide em :

  • Psicodrama Individual -  que é o processo terapêutico desenvolvido aonde pode-se utilizar outras pessoas para assumirem o papel dos egos que o paciente necessitar.
  • Psicodrama bi pessoal - é o processo desenvolvido entre profissional e paciente aonde utilizam-se objetos para auxiliar os egos.
  • Psicodrama grupal – processo desenvolvido que permite o paciente lidar na frente do publico com a sua intimidade criando uma relação próxima com a vida real diminuindo a distancia entre a sua realidade e o seu tratamento.


Psicanálise x Freud Além da Alma por Carolina F. S. Rezende


Psicanálise:

Desenvolvida por Sigmund Freud, é um campo clinico e de investigação da psique humana, independente da psicologia embora derivado dela.
Este método abrange três áreas:

  •          Investigação da mente e seu funcionamento;
  •          Sistema teórico sobre a vivencia e o comportamento humano;
  •          Método de tratamento psicoterapêutico.

Em uma de suas palestras, na Sociedade Médica de Viena, mostrou que, através de conhecimentos anteriores, e de seus aprendizados com Charcot em Paris, havia pensamentos de níveis inconscientes, que havia traumas vindos de fatos ocorridos na infância, e que era preciso ainda descobrir seus elos. Não teve sucesso, pois Meynert, alegou que o que Freud havia dito não tinha nada de novo. Assim, Meynert foi aplaudido pela assembléia.


A formulação da Psicanálise representou basicamente a consolidação em um corpo doutrinário de conhecimentos existentes, como a estrutura tripartite da mente, suas funções e correspondentes tipos de personalidade, a teoria do inconsciente, o método terapêutico da catarse, e toda a filosofia pessimista da natureza humana difundida na época. Além de alicerçar-se - como método terapêutico -, nas descobertas do médico austríaco Josef Breuer, como doutrina tem em seus fundamentos muito do pensamento filosófico de Platão e do filósofo alemão Arthur Schopenhauer. No entanto, ao serem esses conhecimentos incorporados na Psicanálise, foi aberto o caminho para um número grande de conceitos subordinados que eram novos, como os de atos sintomáticos, sublimação, perversão, tipos de personalidade, recalque, transferência, narcisismo, projeção, introjeção, etc. A psicanálise constituiu-se, por isso, em um modo novo de abordar as condições psíquicas correspondentes a estados de infelicidade e a comportamentos antissociais, e deu nascimento ao tratamento clínico psicológico e psiquiátrico moderno.

Os primórdios da psicanálise datam de 1882 quando Freud, médico recém-formado, trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert, e mais tarde, em 1885, com o médico francês Charcot, no Hospital Salpêtrière (Paris, França).

Sigmund Freud, um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Ao escutar seus pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram da falta de aceitação cultural, ou seja, seus desejos eram reprimidos, relegados ao inconscientes. Notou também que muitos desses desejos se tratavam de fantasias de natureza sexual. O método básico da psicanálise é o manejo da transferência e da resistência em análise. O analisado, numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente (método de associação livre). Suas aspirações, angústias, sonhos e fantasias são de especial interesse na escuta, como também todas as experiências vividas são trabalhadas em análise. Escutando o analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de não julgamento, visando a criar um ambiente seguro.

O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental é baseada no papel central do inconsciente dinâmico. O contato com a realidade teórica da psicanálise põe em evidência uma multiplicidade de abordagens, com diferentes níveis de abstração, conceituações conflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido em um contexto histórico cultural e em relação às próprias características do modelo psicanalítico da mente.

A tarefa que o método psicanalítico se empenha em resolver pode expressar-se em diferentes fórmulas, que em essência, no entanto, são equivalentes. Pode-se dizer: a tarefa do tratamento é eliminar as amnésias. Preenchidas todas as lacunas da memória, esclarecidos todos os efeitos enigmáticos da vida psíquica, tornam-se impossíveis a continuação e mesmo a reprodução da doença. Pode-se ainda conceber a condição para isso da seguinte maneira: todos os recalcamentos devem ser desfeitos; o estado psíquico passa então a ser idêntico àquele em que todas as amnésias foram preenchidas. De alcance ainda maior é outra formulação: trata-se de tornar o inconsciente acessível à consciência, o que se consegue mediante a superação das resistências. Mas não se deve esquecer que tal estado tampouco se apresenta no ser humano normal, e que só raramente fica-se em condições de levar o tratamento a um ponto que se aproxime disso. Assim como a saúde e a doença não se diferenciam em princípio, estando apenas separadas por fronteiras quantitativas determináveis na prática, não se pode estabelecer como meta de tratamento outra coisa senão o restabelecimento prático do enfermo, a restauração de sua capacidade de rendimento e de gozo. Num tratamento incompleto ou havendo um resultado imperfeito, obtém-se sobretudo uma significativa melhora do estado psíquico geral, enquanto os sintomas, embora com uma importância diminuída para o paciente, podem persistir, sem que a pessoa seja rotulada de enferma.

O procedimento terapêutico, abstraídas algumas modificações insignificantes, mantém-se o mesmo para todos os quadros sintomáticos da histeria, com suas múltiplas formas, e para todas as configurações da neurose obsessiva. Mas isso não implica que sua aplicabilidade seja irrestrita. A natureza do método psicanalítico envolve indicações e contra-indicações, tanto em relação às pessoas a serem tratadas quanto com respeito ao quadro patológico. Os mais favoráveis para psicanálise são os casos crônicos de psiconeurose com poucos sintomas violentos ou perigosos, e portanto, em primeiro lugar, todas as espécies de neurose obsessiva, pensamento e ação obsessivos, e os casos de histeria em que as fobias e abulias desempenham o papel principal; e ainda todas as expressões somáticas da histeria, desde que a pronta eliminação dos sintomas não seja a tarefa primordial do médico, como na anorexia. Nos casos agudos de histeria, é preciso aguardar a chegada de uma fase mais calma; em todos os casos em que o esgotamento nervoso domina o quadro clínico, deve-se evitar um procedimento que por si só requer esforço, traz apenas progressos lentos e, por algum tempo, não pode levar em consideração a persistência dos sintomas.

Para que uma pessoa se submeta com proveito a psicanálise, são muitos os requisitos exigidos. Em primeiro lugar, ela deve ser capaz de um estado psíquico normal; durante os períodos de confusão ou de depressão melancólica, não se consegue nada nem mesmo num caso de histeria. Cabe ainda exigir dela certo grau de inteligência natural e de desenvolvimento ético; com pessoas sem nenhum valor, o médico logo perde o interesse que lhe permite aprofundar-se na vida anímica do doente. As malformações de caráter acentuadas, traços de uma constituição realmente degenerada, externam-se no tratamento como fontes de uma resistência difícil de superar. Nesse aspecto, a constituição estabelece um limite geral para a capacidade curativa da psicoterapia. Também a faixa etária próxima dos cinquenta anos cria condições desfavoráveis para a psicanálise. Nesse caso, já não é possível dominar a massa do material psíquico, o tempo exigido para a cura toma-se longo demais e a capacidade para desfazer processos psíquicos começa a enfraquecer.

Apesar de todas essas limitações, é extraordinariamente grande o número de pessoas aptas para a psicanálise, e a extensão trazida a nossos poderes terapêuticos por esse procedimento é, segundo Freud, muito considerável. Para um tratamento eficaz, Freud requer períodos longos, de seis meses a três anos; contudo, informa que até agora, em vista de diversas circunstâncias fáceis de imaginar, só esteve em condições de testar seu tratamento, na maioria das vezes, em casos muito graves: em pessoas enfermas desde longa data e totalmente incapacitadas, que, frustradas por toda sorte de tratamentos, foram buscar como que um último recurso em seu procedimento novo e recebido com muitas dúvidas. Nos casos de doença mais branda, a duração do tratamento poderia encurtar-se muito, obtendo-se em ganho extraordinário em termos de prevenção para o futuro.

Freud Além da Alma:

John Houston dirigiu o filme que mostra um período da vida do pai da psicanalise, Sigmund Freud.
Relata assim, fatos importantes de 1885 a 1890, começando por um conflito de seu principal personagem em tratar ou não um caso de histeria pois acreditava que a mesma é uma mentira.

Ansioso para por fim no sofrimento de seus pacientes vai a Paris estudar a doutrina de Charcot e a retornar se casa .

Continuando seus estudos, chegou a conclusão que realmente após a hipnose os sintomas permaneciam. Continuou a usá-la mesmo assim, tentando fazer com que as lembranças continuassem, após o momento do transe.

Com um sonho descobre seu complexo de Édipo e passou a auto analisar-se pois Breuer se recusou a faze-lo. Foi demitido do hospital ao contrariar Meynert e hipnotizar um paciente. Depois disto Freud elabora com base em um único experimento a Teoria das Neuroses aonde dizia baseá-la em todos os casos já tratados e que todos os traumas estão ligados a sexualidade, mas para Breuer a teoria era baseada nele próprio.
Com a morte de seu pai, ao não conseguir entrar no cemitério, Freud descobre que seu pai cometeu algum erro, e que este erro estaria escondido em algum lugar de sua mente, assim decidiu-se voltar ao cemitério e assim tem um insight que suas neuroses podem vir da infância.

Cecily continua sendo tratada por Freud, que abole o método hipnótico e a leva a varias lembranças com a livre associação consciente. Assim, volta a pensar na sua infância e tenta descobri o que o levou ao mal estar no cemitério.



Entre varias conversas com Breuer, Freud chega a conclusão que o pai de Cecily não a molestou e sim a menina projetou no pai todos os seus desejos inconscientes. Ao apresentar sua teoria no Conselho de Psiquiatria de Viena, vários médicos vão se retirando do local enquanto ele fala e Breuer o defende na frente dos outros médicos.

Ao fim do filme, Freud consegue adentrar no cemitério e ir ate a lapide de seu pai.